Picão – preto: de erva daninha à planta medicinal, saiba tudo sobre esse super alimento!
Bidens Pilosa também conhecida como picão – preto, carrapicho, macela do campo, espinho de agulha, pega-pega, pica-pica, entre outros nomenclaturas populares, é uma planta comum encontrada em muitas áreas tropicais e subtropicais ao redor do mundo. Em alguns países é considerada uma erva daninha, pois cresce densa e rapidamente. É originária da América do Sul e se espalhou pelo mundo todo. Ela tem pequenas flores amarelas e brancas e o seu fruto é peludo e preto. As sementes são pequenas e pretas, além disso suas cerdas duras permitem que elas grudem facilmente em roupas ou pelos de animais. Algumas variedades também são conhecidas como agulhas espanholas, carrapatos-de-mendigo e agulhas-do-diabo.
A planta é usada na medicina popular por seus efeitos anti-inflamatórios, antimicrobianas, protetores do fígado, anti-hipoglicêmicos e redutores da pressão arterial. Tem sido amplamente usada em Taiwan como um medicamento tradicional, sendo também o principal ingrediente de uma infusão de ervas que se acredita prevenir a inflamação e o câncer (Dimo et al., 2002; Yang et al., 2006).
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Estudos in vitro e em animais comprovam a capacidade do picão-preto de combater bactérias e fungos, incluindo agentes causadores de infecções urinárias, respiratórias e intestinais. A planta também demonstra atividade analgésica, sendo útil no tratamento de dores musculares, articulares e de cabeça. Além disso o picão-preto possui propriedades diuréticas e vasodilatadoras, que contribuem para a redução da pressão arterial em pessoas com hipertensão.
Os principais componentes bioativos encontrados em Bidens pilosa que contribuem para sua atividade antioxidante são glicosídeos fenilpropanoides, poliacetilenos, diterpenos, flavonoides e glicosídeos de flavona. Além disso, quarenta e quatro compostos incluindo os principais terpenos β-cariofileno (10,9% e 5,1% nas folhas e flores, respectivamente) e τ-cadineno (7,82% e 6,13% nas folhas e flores, respectivamente) foram identificados nos óleos essenciais amarelados obtidos de suas folhas e flores frescas. Foi relatado que esses óleos essenciais têm a capacidade de reduzir determinados radicais livres, revelando que as flores de B. pilosa têm uma atividade antioxidante semelhante à dos antioxidantes sintéticos típicos.
O extrato de picão preto é um ótimo aliado para quem resultados antienvelhecimento sem os riscos de irritação, e contribui com a diminuição de linhas finas, de manchas e estimula produção de colágeno e elastina, assim como o retinol tradicional.
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Bidens aumenta a eficiência dos rins em excretar ácido úrico do sangue, diminuindo a probabilidade de um ataque de gota. Também atua como tônico e preventivo em gastrite e úlceras, diarreia e colite ulcerativa. O picão-preto também apresenta propriedades diuréticas, auxiliando na eliminação de líquidos do corpo e na redução do inchaço. Essa propriedade é útil no tratamento de hipertensão, doenças renais e retenção de líquidos.
A maneira mais comum de consumir o picão-preto é na forma de chá. Para preparar o chá, basta adicionar uma colher de sopa de folhas secas da planta a uma xícara de água fervente, deixar em infusão por 10 minutos e coar. O chá pode ser adoçado com mel ou limão a gosto. O picão-preto também pode ser encontrado em forma de tintura, cápsulas e extratos.
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Cuidados:
O Picão-preto possui propriedades antidiabéticas, reduzindo os níveis de glicose e aumentando a sensibilidade à insulina, resultando na liberação de insulina do pâncreas. Deve ser usado com cautela em pessoas com diabetes dependente de insulina. Definitivamente, fale com seu médico antes de usar Bidens por suas propriedades de redução de glicose se você estiver tomando insulina.
É importante salientar que, como qualquer planta medicinal, o picão-preto pode apresentar efeitos colaterais e interações medicamentosas. Gestantes, lactantes e pessoas com problemas de saúde pré-existentes devem consultar um médico antes de iniciar o consumo da planta.